Ao solicitarmos um empréstimo, é muito importante que, além de estarmos atentos às taxas de juros, nos preocupemos também com a forma como vamos quitar as parcelas.
O cálculo delas será determinado pelo sistema de amortização do saldo devedor atrelado ao contrato de financiamento. Dentre as opções de sistema de amortização existentes, temos a tabela Price e o modelo SAC.
Nesse artigo iremos esclarecer como funciona cada uma delas, suas principais diferenças e como saber qual a melhor opção para você. Boa leitura!
Sistemas de amortização: O que são?
Os sistemas de amortização estão presentes em praticamente todas as atividades que envolvem concessão de crédito.
Fatores que dizem respeito à quitação total da dívida como o valor do empréstimo, as taxas de juros, o prazo de pagamento e a forma de pagamento, são usados no sistema de amortização. Mas o que é, de fato, um sistema de amortização?
Quando pegamos dinheiro emprestado em um banco ou instituição financeira, recebemos um prazo máximo pré-determinado pela instituição credora para quitarmos completamente a dívida formada.
No entanto, ao final desse prazo, sabemos que não pagaremos somente o valor do montante inicial que tomamos emprestado, mas sim esse valor acrescido das taxas de juros acumuladas ao longo do tempo.
Diante disso, a maneira como o valor final do empréstimo será calculado, de forma a ser completamente quitado, é denominado amortização . Ou seja, o processo de redução de uma dívida no decorrer do tempo, por meio de pagamentos recorrentes.
Os principais métodos, ou sistemas de amortização usados hoje são: Sistema Francês (PRICE), Sistema de Amortização Constante (SAC), Sistema de Amortização Crescente (SACRE) e o Sistema Linear (GAUSS).
Nesse artigo, focaremos apenas nos Sistemas PRICE e SAC. Continue a leitura para saber mais!
Tabela SAC
Ao optar pelo Sistema de amortização constante (SAC), o devedor terá as parcelas do seu empréstimo contabilizadas de maneira que sejam uma constante decrescente. Ou seja, o valor da primeira parcela será maior do que a segunda e assim sucessivamente até a última parcela.
O que ocorre é que há uma amortização mensal da dívida, que se dá pelo fato das taxas de juros serem incididas sobre o valor restante dessa mês a mês, e não apenas sobre o montante inicial.
Dessa forma, pelo fato das taxas de juros incidirem sobre montantes cada vez menores, o devedor pagará uma parcela alta no primeiro mês, mas que irá diminuir no decorrer do tempo, em razão da diminuição do capital acrescido da taxa de juros.
Tabela Price
Já na tabela Price, a principal característica é ter parcelas iguais durante todo o período de contratação. Isso significa, também, que o comprador não precisará arcar com altas prestações no começo do contrato.
Pelo fato das prestações serem constantes do começo ao fim do contrato, o saldo devedor não diminui com tanta rapidez, fazendo com que o prazo de amortização da dívida seja maior.
Diferenças entre tabela Price e SAC
A principal diferença é que no modelo SAC o saldo devedor diminui mais rapidamente se comparado ao Price, tendo em vista o valor elevado da prestação no início do contrato.
Além disso, enquanto que no modelo SAC os juros são incididos sobre um saldo devedor cada vez menor, o valor total da dívida a ser paga também será menor quando contrapomos com a tabela Price, a qual tem as taxas de juros sendo incididas sobre parcelas iguais mês a mês.
Dessa forma, no fim de cada contrato, o valor da última parcela calculada pelo sistema SAC será bem menor e a dívida amortizada em menos tempo. Ao passo que, no modelo Price, o valor da última parcela será igual ao da primeira e o prazo para quitação do empréstimo, maior.
Financiamento Price x SAC: Qual é o melhor?
Para chegar a uma conclusão, é importante levar em consideração o seu planejamento financeiro. Pagar uma alta prestação no começo do contrato, por meio do modelo SAC, pode ser prejudicial para o bolso de muitas pessoas.
Em certos casos, optar por prestações menores, com pagamentos periódicos, dentro de um espaço de tempo maior pode dar mais segurança e tranquilidade. Tudo vai depender do que se encaixa melhor no seu orçamento.
Importante mencionar que, nem sempre será possível escolher entre um e outro. A maioria das instituições financeiras e bancos não emprestam uma quantia de dinheiro em que a parcela comprometa mais de 30% da renda familiar do contratante. Dessa forma, a tabela Price será a única alternativa para algumas pessoas, tendo em vista o valor das parcelas, que no começo do acordo serão bem menores.
Além disso, nas duas modalidades o cliente tem a possibilidade de quitar o saldo devedor antes do prazo acordado. Se for uma opção para você, isso evitará que você arque com os juros incidentes nas parcelas futuras. Converse com o seu banco ou instituição financeira para saber das condições do seu empréstimo e escolha a opção que mais se adequa ao seu tipo de perfil e momento de vida.
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